Pão fresco sobre a mesa.
Calor do café pela garganta.
Começa um novo dia.
Ah, mais um dia.
16.7.09
10.7.09
telefonema.
- Alô?
- Alô, Fulana? É a Ciclana.
- Ciclana, tudo bom?
- Tudo ótimo. Quero dizer, tudo ótimo nada. Eu liguei justamente para te dizer a situação ridícula em que estou.
- Ah. Tá. O que foi?
- Você sabe, Fulana, que eu estou malhando na academia que é em frente daqui de casa, né?
- Aham.
- Pois é. Um cara de lá, o Márcio, convidou a mim e a Isabela para um bar aí há, tipo, um mês. A Isabela, aquela vaca. Você acredita que outro dia ela jogou café em mim de propósito e teve a cara de pau de fingir que foi sem querer? Fala sério, ela faz isso só porque ela está super a fim do Márcio, e ele prefere conversar comigo do que com ela! Também, do jeito que a Isabela é tosca, o Márcio não iria querer conversar tanto com ela... o que eu tava falando mesmo?
- O Márcio chamou você e a Isabela pra sair.
- Ah, é. Sim, isso faz tempo, já. O negócio é que, lá no bar, tinha um cara tão lindo, sabe? Com uns braços, que, pelo amor de Deus! Os olhos verdes e os cabelos castanhos, e ele tava lá, me encarando. Primeiro eu pensei que era só impressão minha, né. Mas até a Isabela notou. Ela ficou toda tipo "o que aquele cara quer?", e o cara veio na nossa mesa e tal.
- E começou a dar em cima de você.
- Inacreditável, mas foi. Daí desde aquele dia a gente tá saindo, se pegando.
- E por que só agora você me fala?
- Fulana, é que... ele é comprometido. Eu fui saber disso um dia desses, tava me sentindo a maior vadia, mas vadia mesmo é a namorada do Bruno.
- O nome dele é Bruno?
- É.
- Bruno Vasconcelos?
- Como você sabe?
- Porque ele é meu namorado.
- ...! Mundo pequeno, eim, amiga?
- Alô, Fulana? É a Ciclana.
- Ciclana, tudo bom?
- Tudo ótimo. Quero dizer, tudo ótimo nada. Eu liguei justamente para te dizer a situação ridícula em que estou.
- Ah. Tá. O que foi?
- Você sabe, Fulana, que eu estou malhando na academia que é em frente daqui de casa, né?
- Aham.
- Pois é. Um cara de lá, o Márcio, convidou a mim e a Isabela para um bar aí há, tipo, um mês. A Isabela, aquela vaca. Você acredita que outro dia ela jogou café em mim de propósito e teve a cara de pau de fingir que foi sem querer? Fala sério, ela faz isso só porque ela está super a fim do Márcio, e ele prefere conversar comigo do que com ela! Também, do jeito que a Isabela é tosca, o Márcio não iria querer conversar tanto com ela... o que eu tava falando mesmo?
- O Márcio chamou você e a Isabela pra sair.
- Ah, é. Sim, isso faz tempo, já. O negócio é que, lá no bar, tinha um cara tão lindo, sabe? Com uns braços, que, pelo amor de Deus! Os olhos verdes e os cabelos castanhos, e ele tava lá, me encarando. Primeiro eu pensei que era só impressão minha, né. Mas até a Isabela notou. Ela ficou toda tipo "o que aquele cara quer?", e o cara veio na nossa mesa e tal.
- E começou a dar em cima de você.
- Inacreditável, mas foi. Daí desde aquele dia a gente tá saindo, se pegando.
- E por que só agora você me fala?
- Fulana, é que... ele é comprometido. Eu fui saber disso um dia desses, tava me sentindo a maior vadia, mas vadia mesmo é a namorada do Bruno.
- O nome dele é Bruno?
- É.
- Bruno Vasconcelos?
- Como você sabe?
- Porque ele é meu namorado.
- ...! Mundo pequeno, eim, amiga?
6.7.09
trecho de emma.
O sr. Knightley pareceu querer impedir-se de sorrir, o que conseguiu sem maiores dificuldades, pois a sra. Elton começou a falar com ele.
-
Emma, de Jane Austen, página 296.
Sr. Knightley é um amor, adoro.
-
Emma, de Jane Austen, página 296.
Sr. Knightley é um amor, adoro.
4.7.09
festinha inconveniente.
Dez pessoas na casa dele era o máximo que seus pobres nervos suportariam.
E agora viriam onze.
E agora viriam onze.
2.7.09
já dizia epicuro:
Por que ter medo da morte? Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir, nós deixamos de ser.
Desculpe, meu caro Epicuro, mas não pretendo 'deixar de ser' tão cedo. Prefiro adiar essa data, e continuar com medo dela, obrigada.
Desculpe, meu caro Epicuro, mas não pretendo 'deixar de ser' tão cedo. Prefiro adiar essa data, e continuar com medo dela, obrigada.
13.6.09
silêncio.
O silêncio é um som assustador.
O silêncio constrange. O silêncio é transparente e nos faz sentir transparência também. Ele percebe a confusão que há dentro de nós e quer nos ler.
O silêncio é perturbador. Ele deseja que pensemos, e pensar nem sempre é bom. O silêncio é reflexivo e ajuda a escutarmos o que vem de dentro de nós. Ele esclarece, e descondensa a cabeça.
O silêncio repreende, principalmente quando chega de súbito. Acaba por nos surpreender. Mas ele não é mal intencionado.
O silêncio é tão estranho, e, quando na hora certa, tão acolhedor. Aconchega nossa alma.
Eu acho que gosto do silêncio. Ele me faz companhia quando eu estou sozinha.
O silêncio é um som completo.
O silêncio constrange. O silêncio é transparente e nos faz sentir transparência também. Ele percebe a confusão que há dentro de nós e quer nos ler.
O silêncio é perturbador. Ele deseja que pensemos, e pensar nem sempre é bom. O silêncio é reflexivo e ajuda a escutarmos o que vem de dentro de nós. Ele esclarece, e descondensa a cabeça.
O silêncio repreende, principalmente quando chega de súbito. Acaba por nos surpreender. Mas ele não é mal intencionado.
O silêncio é tão estranho, e, quando na hora certa, tão acolhedor. Aconchega nossa alma.
Eu acho que gosto do silêncio. Ele me faz companhia quando eu estou sozinha.
O silêncio é um som completo.
10.6.09
histórias.
Sou uma
criadora de histórias.
Na minha mente
há fantoches,
a realidade
ganha retoques.
Por eu ser uma
criadora de histórias.
A mescla de acontecimentos
acontece,
e a rotina
desaparece.
Controlo,
por eu ser uma
criadora de histórias.
Por que tenho tal caráter
de mera
criadora de histórias?
Sou uma
criadora de histórias.
Não por opção.
Histórias estouram,
chegam,
sem permissão.
Posso eu um dia
viver histórias,
e não
criá-las?
criadora de histórias.
Na minha mente
há fantoches,
a realidade
ganha retoques.
Por eu ser uma
criadora de histórias.
A mescla de acontecimentos
acontece,
e a rotina
desaparece.
Controlo,
por eu ser uma
criadora de histórias.
Por que tenho tal caráter
de mera
criadora de histórias?
Sou uma
criadora de histórias.
Não por opção.
Histórias estouram,
chegam,
sem permissão.
Posso eu um dia
viver histórias,
e não
criá-las?
Assinar:
Postagens (Atom)