27.4.09

nota máxima?

As provas já tinham sido corrigidas. O professor explicou, calmamente, que só entregaria os testes no dia seguinte, apesar de todos já estarem devidamente com suas notas. Alguns alunos sorriam uns para os outros, dizendo que provavelmente tirariam 10.


O pânico foi intenso em uma das alunas. Ela, mexendo em seu cabelo de maneira nervosa, não conseguia esconder seu medo. A aula seguiu-se tediosa, e a estudante não conseguia prestar atenção alguma nos números diversos da lousa. Ao tocar a sineta do fim da aula, o professor saiu tão apressado da sala quanto os alunos, esquecendo as provas sobre a mesa. Uma tentação para a garota que permaneceu mais tempo na sala que o usual.


Quando a sala de aula encontrava-se devidamente vazia, ela deu passos incertos até a mesa do professor. Desistiu de refletir sobre seus atos: achou sua prova rapidamente, seguindo a ordem alfabética. “Luciana Melo: 3,0”. Foi um tanto decepcionante para a garota que queria tanto fazer arquitetura, tirar um 3,0 em um teste de geometria. Não pensou duas vezes ao pegar a caneta do estojo e alterar o 3,0 para um 8,0. Saiu mais tranquila, e somente depois de longos minutos (quando Luciana já estava longe da sala de aula) o professor lembrou das provas deixadas dentro da classe.


No dia seguinte, a garota se apresentava mais calma. Dizia que não iria tirar nota baixa, que é boa em geometria. Então, chegou a hora da entrega das provas. O professor levantou-se e olhou de modo divertido para a classe.


- Bem, vou entregar agora a nossa última prova. Sabe, aquela cuja nota máxima era 5.

3 comentários: