10.3.09

dançar.

(carta)
"Quanto a dançar, minha querida, eu nunca danço, a menos que me seja permitido fazê-lo de minha própria maneira peculiar. É inútil tentar descrevê-la: só vendo para acreditar. Na última casa em que tentei, o piso desabou. (...) Alguma vez você já viu o Rinoceronte e o Hipopótamo, no Jardim Zoológico, tentando dançar um minueto juntos? É um espetáculo comovente".

por Charles Lutwidge Dodgson, ou Lewis Carroll.

23.2.09

oscar.

- Mãe, a Kate Winslet ganhou o Oscar!

- Ah. A Meryl Streep ganhou o de melhor atriz?

- Eu acabei de falar que a Kate Winslet ganhou.

- E eu lá sei quem é essa Kate Winslet.

- Mãe. A Titanic.

- Ela ganhou? Que bom que ela ganhou!


O Oscar é completamente político, inteiramente forjado. E quem não sabe disso? Mas quase todos (não vamos generalizar, hm) gostam de dizer que acabou de assistir, sei lá, O Curioso Caso de Benjamin Button, que foi indicado a treze oscars. A academia é cheia de tramoias, ninguém duvida disto. Mas continua sendo divertido, seja para sentir vontade de assistir Quem Quer Ser Um Milionário? (que recebeu oito oscars para casa, resolveram puxar o saco de um filme não-americano desta vez), seja para ver o Hugh Jackman apresentando, ou para rir das roupas e dos penteados das pessoas. E a última deve ser a mais divertida de todas.

15.2.09

ler.

Não existe frase mais piegas que "ler é como uma viagem num mundo único", todos sabemos disso; mas nós (os que leem, na verdade) não podemos deixar de concordar com ela. Sejamos francos: quem não gosta de ler não sabe o que está perdendo com um livro.

O que me faz ler, acho, são as emoções que sinto através dos livros. Às vezes sinto alegria até a ponta dos dedos dos pés, outras vezes eu quero explodir alguém. Sinto o alívio quando algo ruim passa, gargalho com passagens divertidas. Quem nunca sorriu ao ler? Quem nunca se sentiu agoniada por algum personagem ao ler? Quem nunca ficou pensando algo como "por que você fez isso?, puts" ao ler?

Diversidade em livros, temos, aos montes. De clássicos à fantasia. Não gosta de Cinco Minutos, pode ser que Crepúsculo agrade. Detesta ficção? Tente romances. Não suporta uma história em que dá vontade de chorar? Vá ler alguma comédia. Horror aos livros nacionais? Tente os americanos e ingleses!

Pior são aqueles que leem e não admitem aos outros que gostam disto, para serem incluídos em grupos em que ler é algo maçante. Vergonha, é esse o termo. Qual é o problema em tentar aumentar sua cultura? É ruim se divertir de um jeito saudável? É preciso se drogar ou algo do tipo para ter diversão?


O motivo de muitos não gostarem de ler seria, quem sabe, a leitura obrigatória no colégio de um livro tedioso em que o autor não sabe fazer uma cena convincente qualquer. Talvez seja isto, uma espécie de trauma. É.

Pareço uma nerd defendendo a leitura, eu sei. Talvez eu seja isso mesmo, uma nerd. Ainda mais quando, nesta sociedade, ser leitor é o mesmo que ser nerd. Tanto faz. Eu tentei.

22.1.09

mentiras.

Here's to the liars who dream and conpire; against the admired, we hope you drop dead.

Todos nós sabemos que mentir é errado. A verdade é uma virtude, e crianças de três anos já sabem disto. Então, por que mentimos?

Não acho que mentir - ou omitir - seja algo de extrema maldade, dependendo da mentira contada. Já ouvi em algum lugar que "uma mentira é sempre uma mentira, não há mentiras maiores ou menores". Eu não concordo. Para mim, existem sim mentiras de gravidades bem diferentes.

Entre magoar alguém ou mentir, prefiro a segunda (às vezes prefiro a primeira); talvez porque eu seja muito mole para com emoções. Isso se encaixa em agradar a tia que fez um doce de leite péssimo ("aah, está ótimo!") ou recusar o convite para uma festa ("nossa, eu vou ao ortodontista, que pena"). Provavelmente, esconder uma má notícia está neste grupo.

Vocês podem me acusar de uma mentirosa, uma pessoa nada sincera, mas também não é assim. Esconder as nossas opiniões e tudo que passa na nossa mente pode trazer grandes apuros a qualquer ser. E há mentiras de tirar alguém do sério. Então, posso concordar com o we hope you drop dead lá de cima.

- reflexões (?) durante One For the Radio, do McFly -
- Lara riu nesta parte da música na primeira vez que a escutou -

19.1.09

ação.

Existem vários tipos de filme; em qualquer locadora (que tenha um número considerável de DVDs) você pode conferir. Temos os de suspense, para ficarmos tensos e esperando tudo dar certo; comédia, às vezes bons para descontrair uma tarde de domingo; drama, fatal para os emotivos, em que geralmente um personagem querido morre; romance, também fatal para os emotivos, usualmente repleto de frases clichês; os cult, clássicos raramente apreciados pela massa da juventude e muito mais, como terror (particularmente: detesto estes), aventura, animação, policiais, ficção científica, far west e...

Os de ação. Sem querer ofender os que gostam de uma boa explosão, acho esse gênero o mais vazio de todos. Nemo tem muito mais conteúdo, que, bem, Lara Croft. Você nem precisa raciocinar ao assistir. Talvez por isso que os homens gostem tanto desse tipo de filme (haha, brincadeirinha).

Não querendo detonar filmes como Star Wars - nunca assisti, mas acho que é mais ficção científica que ação -, ou Indiana Jones (é mais para aventura, mas, enfim), ou blockbusters como Transformers e Batman. Só que tem alguns que, sério mesmo, me dão sono.

É, talvez eu não aprecie filmes assim. Há gosto para tudo, não é verdade? Mas entre Rambo e Tempos Modernos, eu escolheria ver um do Charles Chaplin, sem dúvida alguma.

17.1.09

sinto tédio.

O mais puro tédio. Bocejo.

9.1.09

aniversário (atrasado).

É tão bom fazer aniversário. Porque é como se você prevesse alguma mudança no ar, que algo diferente está para vir; e essa idéia de mudança - para mim, pelo menos - é muito boa. Espera-se algo melhor aparecer, porque ninguém é realmente completo totalmente. Sempre podemos encaixar alguns detalhes aqui e ali, que faria termos um bem-estar maior.

E é divertida a idéia de que quando somos menores, nossos pensamentos são tão reduzidos. É algo maravilhoso não saber de tudo, e não saber que não sabemos de tudo. Evita tantos sofrimentos e constrangimentos. Mas é ótimo, também, saber que a cada ano que passa nós sabemos mais e mais.

"Lara, parabéns!" foi o que disse a amiga de minha irmã mais nova. Só respondi "obrigada, Érika". Ela foi adiante e questionou: "quantos anos você fez mesmo?". Falei que tinha completado catorze. Ela arregalou os olhos e exclamou: "Eita!". Ri demais por causa disto. Se eu falasse que tinha catorze no meu colégio, iriam me achar a pequenininha. Para a Erika, eu sou uma gigante e velha.
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Meu aniversário foi, na verdade, dia 27/12. Faz tempo, eu sei. Estava tão ocupada (mentira, estava aproveitando as minhas férias e o Ano Novo) que esqueci de postar pelo menos alguma linha sobre o meu envelhecimento. Que palavra forte. Então, sobre o meu aniversário. É, ficou mais leve.